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Eu amo escrever. Escrevo porque às vezes não cabe tudo aqui dentro. Porque há sentimentos que só se organizam quando viram palavras, e pensamentos que só fazem sentido quando dançam na página. Amo também olhar o céu e talvez isso diga tudo. Há quem olhe o céu para prever o tempo, eu olho para prever a mim mesma. Há algo em observar as nuvens, as estrelas ou o silêncio azul que me faz lembrar que existe poesia mesmo nos dias comuns. Este blog nasce desse encontro: entre a escrita e o céu. Vai ser um espaço para dividir pensamentos, contar histórias, guardar pedaços de mim e talvez, de você também, que me lê agora. Obrigada por estar aqui. Que você se sinta à vontade. Que cada texto seja como uma janela aberta, onde o vento entra leve e, quem sabe, traz um pouco de luz também

✿Amor sempre....

✿Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

05 novembro, 2025

A Noite em que o Amor Acendeu o Céu

Aleatoriamente um toque de poesia
Historinha 



Mamãe, hoje tem história? 
perguntou o menor, já com o cobertor até o nariz.

Tem sim amor, respondi.
E é daquelas que brilham até depois que a gente fecha os olhos.

Eles se ajeitaram, atentos, curiosos, com aquele silêncio de quem vai viajar sem sair da cama.

Comecei :
Era uma vez uma Noite muito especial. Não era qualquer noite…
Era a noite em que Jesus caminhava pela Terra e ouviu duas vozes discutindo: a da Raiva e a do Amor.

A Raiva reclamava de tudo, queria respostas rápidas, queria vencer. 
O Amor apenas respirava fundo, paciente como quem entende o tempo das coisas.

Jesus se aproximou e disse:
Raiva, venha cá. Você não precisa gritar para ser ouvida.

E como querem que eu fale? resmungou ela, quase tremendo.

Com o coração respondeu Ele.
Quando você aprende a falar com o coração, deixa de ferir e começa a proteger.

A Raiva olhou para o Amor. O Amor apenas sorriu, um sorriso calmo que iluminou a noite. E algo incrível aconteceu: a Raiva começou a brilhar também.
Um brilho diferente… um brilho quente, bonito, como se alguém acendesse uma lanterna dentro dela.

O que está acontecendo comigo?  ela perguntou, surpresa.

Estás descobrindo que também foste criada para o bem disse Jesus.
Só esqueceste disso por um tempo.

E então, meus amores…
aquela noite escura ficou cheia de pontinhos de luz.
Porque quando o amor conversa com a raiva, até o céu aprende a ficar mais claro.”

Quando terminei, eles ainda estavam  quietinhos, 
olhando para mim com aquele misto de encanto e paz.

Boa noite amores🥰

Boa noite mamãe, obrigada 🙏🏻 

E eu sei:
hoje, a história não foi só para eles. 
Foi para todos nós.

Mamãe, te amamos 

E eu mais 🥰



Fernanda

8 comentários:

  1. Que linda historinha,Nanda e vale pra grandes e pequenos sempre! Um amor! beijos, ótimo dia, cheio de amor e sem raiva,rs...chica

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    1. Chica,

      que carinho o teu! 🤗
      Fico tão feliz que tenhas gostado é verdade, essas historinhas simples acabam tocando a todos nós, grandes e pequenos.
      Que o teus dias também seja assim: leve, amoroso e com muitos sorrisos… sem espaço nenhum pra “raiva!”😉😘

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  2. Bom dia de Paz, querida amiga Fernanda!
    "A Raiva reclamava de tudo, queria respostas rápidas, queria vencer. "
    Tão diferente do amor que até nos faz adoecer para não expelir tal sentimento horroroso...
    Não somos dinossauros soltando fumaça pelo nariz...
    O Amor com A é o que nos faz não perder tempo com revides tolos... adoecedores.
    Faz tempo que deixei de lado querer ter razão...
    Dá tão certo...
    Um diálogo pacificador é o melhor. Onde cada um coloca suas "razões" sem querer impor.
    Muito lindo como 'evangeliza' seus filhos.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos fraternos
    🙏🤝💝😘

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    1. Roselia,

      que mensagem linda e cheia de sabedoria!
      É exatamente isso o amor verdadeiro é o que acalma, compreende e escolhe o silêncio onde antes haveria resposta. Também acredito que o diálogo pacificador é um exercício de alma, uma oração em movimento.
      Obrigada pelo teu olhar tão sensível e fraterno.
      Beijinhos com carinho e luz. 😘

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  3. Que história linda, Fernanda.
    Faze-los dormir contando histórias.
    Não lembro de ter lido histórias para meus filhos na hora de dormir, mas sei que só dei presentes de livros para eles.
    E que líamos juntos.
    Nem sei porque não li para eles.
    Beijo,

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    1. Liliane,

      Achei tão bonito esse teu jeito sincero de lembrar.
      O amor pelos livros que plantaste neles já é, por si só, uma forma de contar histórias só que de outro modo, mais silencioso e duradouro. Essas memórias partilhadas nas leituras também embalam, mesmo sem ser na hora de dormir.
      Um beijo cheio de ternura. 😘

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  4. Raiva é sintoma de descontrole.
    Abraço Fernanda.

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    1. Perfeito, Cesar!

      A raiva realmente revela quando algo dentro de nós perdeu o eixo é um chamado à reflexão, não à reação. Reconhecer isso já é um passo enorme rumo à serenidade.
      Abraço com carinho!

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depois que a letra nasce
não há silêncio
há um choro que só eu ouço
e um medo que ninguém vê
o medo de mostrar demais
de sangrar diante de estranhos
de ser lida com desdém
ou pior: com pressa
porque parir palavras
é também deixar o peito aberto
num mundo que não sabe lidar
com quem sente fundo
a escrita respira fora de mim
e eu, nua, assisto
alguns dizem que é lindo
outros nem leem até o fim
há quem tente vestir meu poema
com a própria assinatura
como se dor fosse transferível
como se parto tivesse atalho
e é aí que mais dói
quando roubam o nome da minha filha
e fingem que nasceu de outra boca
quando arrancam o umbigo do texto
e dizem: “isso é meu”
não é
eu sei cada madrugada que ela levou
cada perda que empurrou esse verso
cada lágrima que virou frase
não quero aplauso
mas exijo respeito
porque minha escrita
anda no mundo com meu rosto
meus olhos, minha história
e quando alguém a toma como se fosse nada
está me dizendo:
“você também é nada”
mas eu sou tudo
o que ninguém teve coragem de escrever
e continuo parindo
mesmo ferida
porque escrever é a única forma
que conheço de sobreviver
(Fernanda)