Amor sempre....

Amor sempre....
Caminho entre flores. O chão continuará pra nós com outras paisagens. Sou o que sou, porque é tudo que sei ser. E todo meu olhar escrito que você nunca aprendeu a ler, permanecerá no descaso para quem não compreende.

29 novembro, 2017

Talvez



Talvez algum dia
se possa tecer um momento
em que o sol brilhe tão forte,
iluminando lembranças
de uma inesquecível
história de amor.
Talvez um dia,
eu consiga olhar o caminho
que não inclua você sem doer,
e siga em frente sem olhar para trás.
Talvez um dia
quem sabe?
Os enamorados consigam uma borracha
que apague marcas, ou saudades que machucam o peito.
Ah meu amor,
porque por agora é inútil tentar explicar ao meu coração
que o passado virou um lindo sonho
que acorda a realidade do hoje sem você ao meu lado.
O amor tem o direito de seguir da maneira que sabe, que sente, que acredita.
Talvez nossa história ainda esteja no palco, porque as cortinas ainda não baixaram. Você me faz ser corajosa mesmo não estando aqui.
O pensamento é livre e voa por entre Céus e Terra, e viaja ao sabor do amor indo e vindo, e de lá trazemos as instruções para caminhar sobre a paisagem que conseguimos.
Talvez
o castelo ainda conserve-se mesmo sem um príncipe palpável.
Mas eu cresci tão antes de tudo isso acontecer.
Em alguns momentos preciso dos balanços da praça, sorvete e pipoca.
Hoje em certos momentos sei que preciso ser a criança que não fui, e deixar a vida me ninar do jeito mais doce que ela não pôde no tempo em que eu precisei.
Hoje...
o Natal bonito com meias espalhadas por todos os lados.
Dentro delas?
Uma mistura de tudo que tive e sou
Amor

Responsabilidade
Coragem
Saudades
Árvores
Tempo
Jardins
Flores
Lembranças
Vida!

M. Fernanda

28 novembro, 2017

Amado

 
As flores crescem no quintal.
A luz clareia tudo ao redor.
Palavras são ditas com sabor de ternura.
E você continua iluminando meu mundo
 
 
 
Texto e imagem:
M. Fernanda
 
 

 

23 novembro, 2017

Tempo



Eu achei o tal tempo,
precisei achar.
Ele veio como uma avalanche
e descreveu pequenas artes.
Cada página do livro nesse tempo,
se fazia especial.
Uma leitura interessante,
dedução mental.
O que pensar de tudo isso?
Quem conta um tempo
sem tempo para contar?
Achei todos os detalhes,
passei por cima de feridas,
grandes feridas.
Quem poderia compreender
se não viu ou vasculhou
qualquer tempo meu?
Careci chegar aqui,
e saiba: não há poesia nenhuma.
Apenas uma velha vida
que aprendeu a ler emblemas.
Que decifrou olhares,
e realizou sonhos alheios.
Que aprendeu a ciência exata
mesmo quando não sabia nada.
Então,
aí vem ele,
o velho e novo tempo
brincando
ou sério,
mas vem.
E da forma mais estrondosa
pergunta: podes encarar tudo de novo?
Se transformaria a dor em poesia
mesmo quando não se pode parar
o círculo lá fora e cá dentro?
E mesmo que eu tenha ido
onde jamais pensei ir,
o longe se faz palpável e tão perto.
Porque busquei da poesia a essência,
nela sempre há proteção,
há amor.
O tempo?
Seria perdido sem ela.
Há qualquer coisa
de belo entre os dois,
mas para isso se precisa de quem?
Sim! Dele... tempo...
Ele consegue tudo,
e é também só desta forma
que você aprende a encontrá-lo.


M. Fernanda
Imagem: Google